"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está , que tem saudade... Sei lá de quê!"
(Florbela Espanca)
11 de janeiro de 2011
6 de janeiro de 2011
Amar
Muito tempo sem escrever aqui, mais de um ano! Nossa!
Fiz um textinho meio melancólico e achei bem legal. Defini (no meu ponto de vista) alguns aspectos que normalmente não conseguimos ver.
Lê:
"Quando nós amamos alguém doamos um pedaço de nós, seja sentimento, seja um pouco do nosso jeito, da nossa personalidade. Carinho, amor, tanto faz, mas sempre doamos esse pedaço do nosso 'eu'! Quando nos separamos, seja de um amor ou de um amigo, quando a perda é dolorosa, assistimos o retorno desse 'eu' nosso, esse pedaço que foi doado. Ele volta e com isso, aos poucos, voltamos a ser o que éramos. É como uma célula-tronco, que é extraída e depois colocada no lugar, regenera o pedaço ruim. Mesmo que a gente ache que é o fim, não é! É só mais uma passagem pela qual temos que passar e aquele pedacinho que foi dado e voltou, fica guardado e é doado novamente e recuperado sempre quando necessário. A separação é isso: a dor de perder, mas o prazer de recuperar, de ter de volta e regenerar...
Quando essa pessoa, receptora do nosso eu, se vai, tipo para sempre, para o outro lado da ponte, para o céu, ou seja, quando morre, este pedaço que doamos vai junto, a gente não consegue recuperar. E então é aí que surge o vazio, aquele sentimento de que não há com que preencher, dói muito e é dor física e dor na alma. Passa tempo e o que fica a saudade, a falta, aquele 'eu' que se foi e não voltará. Essa caminhada se torna difícil e tortuosa, mas ainda assim, nós seres-humanos, ainda somos capazes de doar, de se dar sem querer receber. Nós estamos sempre dispostos à dar um pedaço de nós e às vezes, a receber um pedaço de outro. Não importa o quanto se vá sofrer, o quanto vai doer, nós somos assim, prometemos o nunca mais que só dura até amanhã; nós somos assim feitos de amor e feitos para doar sempre e receber algumas vezes. Mesmo que a gente prometa não dá, é da nossa natureza amar sempre, amar contra vontade, mas amar... Amar infinitas formas de amor."
Fiz um textinho meio melancólico e achei bem legal. Defini (no meu ponto de vista) alguns aspectos que normalmente não conseguimos ver.
Lê:
"Quando nós amamos alguém doamos um pedaço de nós, seja sentimento, seja um pouco do nosso jeito, da nossa personalidade. Carinho, amor, tanto faz, mas sempre doamos esse pedaço do nosso 'eu'! Quando nos separamos, seja de um amor ou de um amigo, quando a perda é dolorosa, assistimos o retorno desse 'eu' nosso, esse pedaço que foi doado. Ele volta e com isso, aos poucos, voltamos a ser o que éramos. É como uma célula-tronco, que é extraída e depois colocada no lugar, regenera o pedaço ruim. Mesmo que a gente ache que é o fim, não é! É só mais uma passagem pela qual temos que passar e aquele pedacinho que foi dado e voltou, fica guardado e é doado novamente e recuperado sempre quando necessário. A separação é isso: a dor de perder, mas o prazer de recuperar, de ter de volta e regenerar...
Quando essa pessoa, receptora do nosso eu, se vai, tipo para sempre, para o outro lado da ponte, para o céu, ou seja, quando morre, este pedaço que doamos vai junto, a gente não consegue recuperar. E então é aí que surge o vazio, aquele sentimento de que não há com que preencher, dói muito e é dor física e dor na alma. Passa tempo e o que fica a saudade, a falta, aquele 'eu' que se foi e não voltará. Essa caminhada se torna difícil e tortuosa, mas ainda assim, nós seres-humanos, ainda somos capazes de doar, de se dar sem querer receber. Nós estamos sempre dispostos à dar um pedaço de nós e às vezes, a receber um pedaço de outro. Não importa o quanto se vá sofrer, o quanto vai doer, nós somos assim, prometemos o nunca mais que só dura até amanhã; nós somos assim feitos de amor e feitos para doar sempre e receber algumas vezes. Mesmo que a gente prometa não dá, é da nossa natureza amar sempre, amar contra vontade, mas amar... Amar infinitas formas de amor."
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