25 de abril de 2011

Pro Rubens Milioli - Sem título

Impossível descrever quão glorioso é estar nos seus braços, pegar em você sem poder esperar, ansiando libidinosamente as prenuncias do nosso prazer. E quando você toca minha pele, morde delicada ou vorazmente meu pescoço, posso, com destreza, experimentar o delírio doce do ar quente que evapora dos seus lábios e aguçam meu lóbulo. Cada gota suave de adrenalina derramada no meu sangue faz pulsar esse querer e meu corpo pede toda sofreguidão de sentimentos. Pede seu peso sobre mim.

É o que acontece quando nossos corpos se tocam intrínsecos, fogo incendeia, queima e consome nossas almas. Por mais errôneo que seja – contrário – é o que detém nosso sabor, o paladar único de nós dois: amargo como metal e doce como mel. É a miscelânea de sabores que me faz sentir, o misto de prazer que me faz degustar.

E quando estamos agarrados um ao outro, boca com boca, pele com pele, pode-se ouvir o salutar dos nossos corações a bater juntos, uníssono. Chega a ser doloroso de tão intenso, chega a ser indecifrável de onde começa o eu e termina o você. Nosso prazer se fundiu naquilo que será um só, por uma noite antes que a tristeza volte e a saudade impere. Mas foi preciso... Pois foi só me perdendo em você que pude me encontrar.

2 comentários:

  1. cuidado ao se perder e se achar... o texto tá muito bom, fiquei lisonjeado pela citação no título...

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  2. Quase uma controvérsia...

    "é que preciso me perder em alguém para poder me encontrar" rs

    Eu fiz pensando no seu blog, é bom deixar claro. Não que meu blog seja muito visitado, mas... hehehe

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