De que adianta usar de brandura
Para escrever chistes impuros
Se minhas palavras sempre serão
Incestuosas, maledicentes
E só falam de amores mórbidos
Esmorecentes
Contudo, ninguém sabe
O que é acalanto para um sonhador
O que é alimento para um trovador
É solidão irascível
Dor destemível
Desilusão
Felicidade é utopia
Amor singular não existe
Em par, somente, seria extinto
O que nos resta é o amor coletivo
Este sim é lenitivo
Para uma vida severa e sem sentido
Que nos persuade a viver com todos
Viver deles sem adesão
Levando a vida deveras em companhias
Mas eternamente em desertificação
Para escrever chistes impuros
Se minhas palavras sempre serão
Incestuosas, maledicentes
E só falam de amores mórbidos
Esmorecentes
Contudo, ninguém sabe
O que é acalanto para um sonhador
O que é alimento para um trovador
É solidão irascível
Dor destemível
Desilusão
Felicidade é utopia
Amor singular não existe
Em par, somente, seria extinto
O que nos resta é o amor coletivo
Este sim é lenitivo
Para uma vida severa e sem sentido
Que nos persuade a viver com todos
Viver deles sem adesão
Levando a vida deveras em companhias
Mas eternamente em desertificação