26 de maio de 2011

Dilema de um Poeta

De que adianta usar de brandura
Para escrever chistes impuros
Se minhas palavras sempre serão
Incestuosas, maledicentes
E só falam de amores mórbidos
Esmorecentes

Contudo, ninguém sabe
O que é acalanto para um sonhador
O que é alimento para um trovador
É solidão irascível
Dor destemível
Desilusão

Felicidade é utopia
Amor singular não existe
Em par, somente, seria extinto
O que nos resta é o amor coletivo
Este sim é lenitivo
Para uma vida severa e sem sentido
Que nos persuade a viver com todos
Viver deles sem adesão
Levando a vida deveras em companhias
Mas eternamente em desertificação

5 comentários:

  1. Nossos dilemas, amar... nos alimentar disso e alimentar as palavras de nossos sentimentos, por vezes, chorar...maravilhoso texto.

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  2. linda soh consigo dizer uau!

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  3. Mais um...vamos precisar de mais um texto...corajoso esse

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  4. Vamos mesmo...
    Tão ruim pra quem escreve os comentários anônimos...

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